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Brasileiros adquiriram US$ 4 bilhões em criptomoedas em 2021, diz Banco Central

O total de Cripto mantidos por brasileiros chega a quase US$ 50 bilhões atualmente, em comparação com US$ 16 bilhões mantidos em ações dos EUA.

Os brasileiros adquiriram US$ 496 milhões em criptomoedas em agosto e já adquiriram US$ 4,27 bilhões até agora em 2021, divulgou o Banco Central do país (BCB) na sexta-feira.

Segundo a autoridade monetária brasileira, maio foi o pico de aquisição de Criptomoeda , com US$ 756 milhões em compras. Desde então, o número caiu para US$ 695 milhões em junho e US$ 583 milhões em julho, mas ainda foi maior do que em fevereiro e março. Naquela ocasião, US$ 386 milhões e US$ 357 milhões foram adquiridos, respectivamente, Portal do Bitcoin relatado.

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Fazendo uma estimativa de marcação a mercado, o total de ativos digitais em poder dos brasileiros somaria quase US$ 50 bilhões, ante US$ 16 bilhões em ações dos EUA, disse o diretor de Política monetária do BCB, Bruno Serra. dissena sexta-feira.

Em agosto, o presidente do BCB, Roberto Campos Neto,disseque os brasileiros detinham cerca de US$ 40 bilhões em criptomoedas.

“É um negócio muito grande, que chama a atenção de reguladores do mundo todo, não é só do Brasil”, disse.

Segundo Serra, a autoridade monetária do Brasil tem um “mercado de câmbio muito controlado” que lhe permite estar ciente das transações relacionadas a cripto. “Temos contratos de câmbio para todas as transações, 100% delas conseguimos mapear”, disse ele.

A partir de agosto, a transferência de titularidade de criptomoedas entre residentes e não residentes passou a ser divulgada pelo Banco Central na parte “Bens” do balanço de pagamentos, informou o Portal do Bitcoin . As criptomoedas são consideradas bens – ou seja, ativos não financeiros e produzidos – seguindo a metodologia recomendada pelo Fundo Monetário Internacional.

Segundo Serra, o investimento em Cripto é uma busca por diversificação de riqueza por parte dos investidores. “Acho que essa dinâmica de diversificação offshore é uma dinâmica que pode estar aqui para ficar. Os canais de diversificação se abriram muito. As regulamentações de câmbio estão se afrouxando nesse sentido; é algo que precisamos abordar”, disse ele.

“É um FLOW de mão única. Por causa do custo da energia, o Brasil não produz Cripto . É apenas um importador”, acrescentou Serra.

Andrés Engler

Andrés Engler é um editor da CoinDesk baseado na Argentina, onde cobre o ecossistema Cripto latino-americano. Ele acompanha o cenário regional de startups, fundos e corporações. Seu trabalho foi destaque no jornal La Nación e na revista Monocle, entre outras mídias. Ele se formou na Universidade Católica da Argentina. Ele detém BTC.

Andrés Engler