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Paraguai prepara projeto de lei para atrair empresas de criptomoedas

O mandatário local Carlos Rejala espera atrair empresas de criptomoedas para a nação latino-americana com um novo projeto de lei no próximo mês.

O mandatado paraguaio Carlos Rejala planeja apresentar em julho um projeto de lei para atrair a esse país empresas mineradoras internacionais e outros negócios de criptomoedas.

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O projeto busca permitir que empresas de criptomoedas —já sejam de mineração em outros segmentos, como exchanges— financiem suas operações paraguaias com criptomoedas, remetam dividendos para estrangeiros e capitalizem seus ganhos em criptomoedas em bancos locais, disse Rejala a CoinDesk.

Leia este artigoEm inglês.

Rejala, um empresário de 36 anos, descobriu o Bitcoin (BTC, +10,94%) em 2017 e começou a operar em 2019, um ano depois de assumir como diputado pelo partido independente Hagamos, disse.

El lunes, traz o anúncio de que El Salvador apresentaria um projeto de lei para permitir que eleBitcoin foi uma moeda de curso legal, Rejala tuitou uma foto sua com olhos a laser e uma frase sobre o projeto.

“O anúncio me impulsou a não ter medo e a pensar que isso poderia ser real no meu país”, disse.

O projeto busca posicionar o Paraguai como o hub de criptomoedas da América Latina e um modelo para outros países da região, dizendo, e agregando que se o projeto de lei for aprovado, buscará apresentar um segundo que promete o uso do Bitcoin como moeda de curso legal.

Foi um objetivo de amplo alcance para os líderes empresariais locais, que já haviam anunciado a energia barata do Paraguai já em 2018.

“Sem embargo, primeiro queremos dar ao Paraguai um status amigável com o blockchain”, disse.

Segundo Rejala, uma das condições mais atrativas para as empresas mineiras é o custo da eletricidade no Paraguai, que gira em torno de US$ 0,05 por quilovatio-hora e é o mais abaixo da região. Quase 100% da produção fornecida por fontes hidrelétricas, agregadas.

“É uma energia renovável, não contaminante, o que é sumamente importante para as empresas mineiras”, disse.

Em diálogo com o First Mover na CoinDesk TV, Juanjo Benítez Rickmann, CEO da empresa mineradora local Bitcoin.com.py, disse que a mineração no Paraguai só exige o registro na atividade e o pagamento de impostos, o que é considerado mais baixo do que no resto da região. Atualmente, o país conta com um sistema conhecido como triplo 10, que consiste em um imposto de 10% sobre o aluguel, um IVA de 10% e um imposto de 10% sobre o aluguel pessoal, acrescentou Rejala.

O país não oferece restrições aos fluxos de capital estrangeiro nem ao pagamento de dividendos ao estrangeiro, añadió Rejala. "Isso também o converte em um país atraente para as criptomoedas investidoras", disse.

O Paraguai não utiliza toda a energia que produz, disse Rejala. Na central hidrelétrica de Itaipú, que o Paraguai compara com o Brasil, o país só toma os 26% dos 6.067 megavatios que correspondiam mensalmente, entregando o resto ao país vizinho, agregado.

"Temos muita energia para vendermos à Argentina e ao Brasil quase de graça porque só podemos vender a nossos vizinhos", disse Benítez Rickmann.

Próximos passos

Um projeto de lei, apoiado por diferentes atores do setor de criptomoedas, foi apresentado em vários escritórios do governo paraguaio, como o escritório contra a lavagem de dinheiro, disse Benítez Rickmann.

Na verdade, Rejala busca mais apoios para lograr a prefeitura exigida de 41 votos na Câmara de Diputados e passar o projeto para a Câmara de Senadores, disse. Se for aprovado em ambas as câmaras, então tenderá a ser promulgado pelo Presidente do país, que também terá a faculdade de emitir um veto.

Benítez Rickmann disse que durante a conferência Bitcoin 2021 celebrada em Miami contou com vários operadores de pools de mineração da China que pidieron 100 megavatios de espaço.

“Talvez seja uma oportunidade para que nos envolvamos com eles e nos desenrolemos”, disse.

Andrés Engler

Andrés Engler é um editor da CoinDesk baseado na Argentina, onde cobre o ecossistema Cripto latino-americano. Ele acompanha o cenário regional de startups, fundos e corporações. Seu trabalho foi destaque no jornal La Nación e na revista Monocle, entre outras mídias. Ele se formou na Universidade Católica da Argentina. Ele detém BTC.

Andrés Engler