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Banco Central do Brasil projeta 'migração significativa' para pagamentos digitais

Segundo o diretor João Manoel Pinho de Mello, as moedas digitais do banco central podem ampliar a inclusão financeira e reduzir o custo e o tempo das transações internacionais.

Uma migração significativa do dinheiro em papel para meios de pagamento digitais ocorrerá nos próximos anos, de acordo com João Manoel Pinho de Mello, diretor do Banco Central do Brasil (BCB).

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Durante painel de discussão na quinta-feira sobre o potencial do real digital organizado pelo BCB, Mello afirmou que a mudança para pagamentos digitais envolverá o uso de moedas digitais do banco central (CBDC), afirmou o Valor Econômico, jornal financeiro brasileiro,relatado.

"Entendemos que a utilização da CBDC ocorrerá em situações em que ela seja capaz de trazer maior eficiência e transparência às transações, seja pela perspectiva do varejo, seja pela sua utilização pelos agentes que compõem o setor financeiro e de pagamentos", disse Mello, diretor da divisão de organização e resolução do sistema financeiro do BCB.

Se forem bem projetadas, as moedas digitais oficiais podem expandir a inclusão financeira e reduzir o custo e o tempo dos pagamentos internacionais, disse Mello, acrescentando que o processo exige "extremo cuidado na escolha do design e das tecnologias" para evitar violações das leis de proteção de dados, corridas bancárias e ataques cibernéticos.

Mello também argumentou que o uso de moedas digitais entre diferentes países "deve receber consideração especial" para "evitar substituições indesejadas da moeda soberana de um país pela de outro".

Em junho, o BCB disse ao CoinDesk que estava pressionando por mais tempo para lançar seu CBDC.

“De acordo com a avaliação atual do BCB, as condições para a adoção de uma CBDC brasileira serão alcançadas em dois a três anos”, acrescentou o banco.

Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central,disseO Brasil pode estar pronto para uma moeda digital no ano que vem.

Os novos elementos do sistema financeiro brasileiro incluem um sistema de pagamento instantâneo recém-lançado, conhecido comoPIXe umbanco abertomodelo. O banco disse que o sucesso dessas iniciativas ajudou a impulsioná-lo em direção ao lançamento de um CBDC.

Andrés Engler

Andrés Engler é um editor da CoinDesk baseado na Argentina, onde cobre o ecossistema Cripto latino-americano. Ele acompanha o cenário regional de startups, fundos e corporações. Seu trabalho foi destaque no jornal La Nación e na revista Monocle, entre outras mídias. Ele se formou na Universidade Católica da Argentina. Ele detém BTC.

Andrés Engler